quarta-feira, 4 de março de 2015

Natureza tecida à mão


Neta de imigrantes gregos, a argentina Alexandra Kehayouglou cresceu em uma família com tradição têxtil, e continua a perpetuar essa história, mas com algo a mais. Com formação em artes visuais, fotografia e publicidade, voltou-se para a tradição e tece, à mão (como faziam sua avó, seu pai e seus tios) e utilizando lã, tapetes que são verdadeiras obras de arte e que, normalmente, reproduzem elementos da natureza, como jardins, lagos e neve.
   
A moça vem chamando atenção com seu trabalho, e agora deve chamar ainda mais, pois uma de suas criações foi o cenário do desfile de Dries Van Noten na Paris Fashion Week esta semana. Arte têxtil em sua melhor forma!






 A ideia de Alexandra é “reconstruir a paisagem anulada” pelo desenvolvimento desenfreado. Seu foco é, principalmente, o pampa argentino e seus pastos. “O tapete se cola na vida cotidiana, propondo outra realidade. Resgatando uma recordação, um simulacro, um mundo quase imaginário. Abre uma janela a outra possibilidade, uma maneira de se fixar no tempo real, tecendo uma paisagem congelada.”
   
Aqui, mostro também alguns outros trabalhos, como a espreguiçadeira “para enfrentar o inverno” (convite irresistível para se refestelar e relaxar) e a série Barranco (50 bancos cujos assentos são trabalhados com lã que remetem a diferentes tipos de vegetação). Olho nela!







Décor do dia: natureza technicolor


A mobília nascida em meados da década de 1950 traz consigo leveza e sofisticação o suficiente para dividir espaço, sem comprometer a elegância, com qualquer tipo de ousadia. Muito pelo contrário, o ambiente acima prova que o hi-lo dá a esses móveis um ar ainda mais interessante. Na imagem, o sofá Studio, criado por Lucian Ercolani, para a britânica Ercol, é ladeado por acessórios decorativos para lá de inusitados. Vasos de plantas fake de papel e outros materiais assumem tonalidades absurdas e vibrantes, garantindo um toque de diversão na sala de estar. Na parede, pôsteres geométricos e tipográficos da marca Seventy Tree deixam claro o caráter descolado da decoração, enquanto mesas de pés-palito trazem de volta o charme do passado. Nesse mix entre o consagrado e o aventureiro, o resultado traz o melhor de cada um.